segunda-feira, 25 de abril de 2011

A primeira -ite: Laringite Subglótica

Desaparecida daqui por motivos não desejados... o meu tesouro adoeceu, teve a sua primeira -ite.
Começou sem aviso prévio... segunda-feira o Leo foi dormir aparentemente super saudável e na terça de manhã acordou doente. Nessa noite dormiu 12 horas seguidas, o que eu achei bastante estranho (nunca tinha dormido mais de umas 8h seguidas e muito raramente), certamente o seu sistema imunitário estaria bastante ocupado em reagir no seu corpinho que o fez dormir tantas horas. Acordou a chorar e com muita dificuldade em respirar fiquei super assustada.
Ele melhorou um pouco depois de eu o acalmar, fomos ao pediatra, tomou imediatamente um supositório de cortisona e fez vapores... a dificuldade em respirar e o barulho rouco que fazia não melhoravam... diagnóstico: "Não sei o que ele tem, deveria melhorar com o supositório, é melhor ir imediatamente para o hospital" - (Ouvir de um pediatra "Não sei o que ele tem" é assustador) e lá fomos nós. Depois de vários exames e muito choro o Leo foi melhorando a respiração e começou a fazer febre (38,5ºC), ficamos no hospital. No dia seguinte o médico disse que ele estava com Laringite Subglótica também conhecida por Pseudocrupe, um nome tão pomposo e feio que só de ouvir mete medo... mas embora possa ser bastante grave para nós foi só um susto. Ficamos 3 dias no hospital, fechados num quartinho pequeno com mais dois bebés de poucos meses todos com doenças infecciosas, não podíamos sair do quarto para não contagiar as outras crianças do hospital. O Leo estava super saturado de estar no mesmo sitio, não dormiu nada as duas noites, com dois bebés a acordar para mamar de 3 em 3 horas e não nas mesmas 3 horas, o pobre Leo acordou imensas vezes. Cheguei a pensar que seria melhor para ele estar em casa... hospitais por vezes colocam-nos mais doentes do que aquilo que já estamos...
No segundo dia o Leo chegou a ter 40, 3ºC de febre mas na sexta a febre desapareceu assim como apareceu e a dificuldade de respirar passou completamente.
Agora o Leo está super carente, dorme muito e parece sempre rabugento, tadinho... quando chora ou se chateia ainda respira fazendo um ruído mas está muito melhor. Já não está a tomar medicação (a única que tomou foi supositórios para a febre, mas tenho um supositório de emergência que devo usar em caso que lhe falte o ar - colocar o supositório e correr para o hospital).
A Páscoa por aqui foi bem agitada...

Alguma informação sobre a doença:

Laringite subglótica - Pseudocrupe
Esta forma de laringite, que afecta as crianças mais pequenas, especialmente entre os 6 meses e os 3 anos de idade, costuma ser provocada por uma infecção viral. Caracteriza-se por uma inflamação aguda da mucosa laríngea, predominantemente por baixo das cordas vocais, podendo ocasionalmente alastrar para a traqueia e para os brônquios (laringotraqueobronquite).
Tendo em conta que nas crianças pequenas a laringe é um canal muito mais estreito do que nos adultos, uma inflamação das suas paredes provoca grandes dificuldades à passagem do ar até aos pulmões, podendo obstruí-lo por completo. Trata-se de uma situação muito grave, porque pode originar um quadro de asfixia.
Manifestações:  A doença costuma manifestar-se subitamente através de uma intensa dificuldade respiratória nas crianças afectadas por uma infecção das vias respiratórias superiores, sendo normalmente banal. Na maioria dos casos, costuma surgir durante a noite, provocando o despertar da criança, com o aparecimento de uma tosse típica semelhante a um latido, de rouquidão e de uma evidente dificuldade respiratória, que se intensifica durante a inspiração. As inspirações são longas, sendo acompanhadas por um ruído rude e agudo, denominado "estridor laríngeo", com um notório esforço da musculatura respiratória fácil de detectar, sobretudo pelo adejo nasal e pela retracção dos músculos intercostais e supraclaviculares. A doença, que pode ser mais ligeira ou mais grave conforme os casos, persiste entre três a cinco dias, durante os quais parece melhorar durante as manhãs e piorar ao longo das noites. Por vezes, o esforço para respirar esgota a criança, que mostra sinais inequívocos de sofrimento, e a sua respiração torna-se cada vez mais superficial. Caso a inflamação laríngea seja muito intensa, pode impedir a chegada de ar suficiente aos pulmões, o que provoca um défice de oxigenação do sangue, traduzido numa coloração azulada da pele e das mucosas, sobretudo nos lábios e extremidades. Nestes casos, se a situação não for rapidamente solucionada, a criança pode sofrer uma alteração do estado de consciência e entrar em coma, podendo morrer em consequência da asfixia.
Tratamento: Como não se pode prever a evolução da doença, impõe-se uma actuação terapêutica imediata, sempre que a situação necessitar de uma pronta intervenção. É, portanto, necessário levar a criança a um serviço de urgência. Enquanto se aguarda pela ajuda profissional, é fundamental manter um ambiente tranquilo e evitar que a criança chore, pois estará muito assustada e tanto o choro como o nervosismo podem agravar a dificuldade respiratória. Também é conveniente que a criança respire num ambiente húmido (por exemplo, no banho, ao deixar correr a água do duche).
Quando a criança já estiver sob vigilância médica, deve-se recorrer administração de potentes anti-inflamatórios corticosteróides, de modo a diminuir a inflamação laríngea e solucionar a obstrução da passagem de ar para os pulmões. Nos casos ligeiros ou moderados, o tratamento pode efectuar-se na própria casa; contudo, nos casos mais graves, é necessário o internamento hospitalar. Por vezes, a administração de fármacos não é suficiente para assegurar a passagem de ar para os pulmões, o que implica a realização de uma intubação traqueal, ou seja, a introdução através da boca ou do nariz da criança de um tubo plástico flexível que atravessa a laringe até a traqueia. Em alguns casos, a inflamação laríngea é tão grande que é necessário proceder-se a uma traqueostomia, ou seja, a uma incisão na traqueia, através do pescoço, de modo a introduzir directamente uma cânula no seu interior e permitir que o ar aceda aos pulmões. A criança deve permanecer internada, sob constante vigilância, até que a inflamação ceda e se possa retirar o tubo, o que pode levar dois ou três dias.

2 comentários:

Anónimo disse... [Responder Comentário]

As melhoras para o seu filho.
E muito obrigada por partilhares essa infomação é sempre bom saber mais.
Luísa

Gigi disse... [Responder Comentário]

Oi Sofia

Eu ja tinha ouvido falar ,sobre essa doença

Uma vez uma vizinha comentou que teve ,e que realmente e muito grave, ainda bem que no caso do Leo o atendimento foi rapido e o diagnostico tambem .
Obrigado por compartilhar com a gente ,minha filha volta e meia ta pegando virose, e sempre bom estar informada .

Melhoras para o Leo.

E obrigado pela visita la no blog ,amei!!!!

bjs

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